sábado, 17 de janeiro de 2009

Resgatando a genuína devoção


Postado por Diêison Oliveira

Devoção deixou de ser uma palavra usual no vocabulário evangélico contemporâneo. Talvez porque outros termos, considerados mais “espirituais”, tenham adquirido certa predileção em nossa terminologia religiosa: unção, bênção, visão, vitória, santificação, poder, avivamento, revelação etc. Porém, trata-se de um termo que nos ajuda muito a esclarecer o sentido da adoração e a evitar equívocos interpretativos. Usamos as vezes a expressão “devotos de Jesus” para referir-se aos discípulos do Senhor. Ao dizer ou ouvir esse jargão, não consigo conceber a idéia de pessoas que assimilaram apenas princípios teológicos teóricos ou históricos, mas indivíduos profundamente conectados à pessoa de Cristo. Na vida cristã, um dos alvos é crescer em maturidade a fim de nos tornarmos semelhantes a Jesus. E a devoção certamente é o caminho para esse crescimento espiritual. Quando nos devotamos totalmente a Deus é alicerçado um relacionamento sobrenatural. Essa intimidade com Deus se inicia no coração do devoto. É por isso que palavras como sacrifício, entrega e rendição são essenciais na adoração — “não há como servir [adorar; devotar-se] a dois senhores” (Mt.6:24). Se quisermos descobrir a quem estamos adorando, é só checar nossas prioridades de tempo, energia, relacionamento, dinheiro e recursos. Do coração de um devoto é que surge respeito, temor, lembrança e obediência. Atualmente, percebo que pouco se fala ou se questiona sobre a vida devocional dos crentes — quando isso acontece, o sentido se volta para a prática de “momentos específicos”, leitura bíblica e oração individual. Mas esse entendimento, que faz parte do costume evangélico de compartir sua espiritualidade, representa uma pequena parte da vida devocional. Renovamos nossa devoção à Deus, quando fazemos dessa atitude nosso ritual de subsistência espiritual: estudamos a Palavra de Deus, oramos, nos relacionamos com a Igreja, com a família e com o mundo, valorizamos a vida. Nossa experiência devocional se renova em nossa contínua relação com Deus, e é materializada, sobretudo, na prática do serviço e do amor. A adoração nos convida freqüentemente e espontaneamente à reatar os laços de dedicação. Por isso é que se trata de um culto racional. Penso que um bom exercício de devoção seria dedicarmos diariamente a Deus nossa existência, numa atitude de entrega e abnegação totais, manifestando um estilo de vida prático que o glorifique, transmita sua graça e misericórdia aos outros seres e que faça de nossos períodos de adoração, autênticos encontros de alegria, gratidão, expectativa e transformação.
Compartilho com vocês essa genuinidade que deve exisitir na devoção. De fato, no mundo corriqueiro nos encontramos impossibilitados de agir de uma forma devota a Deus. No entanto, o conselho de João Calvino é relevante aos dias de hoje : “Todos têm suas imperfeições. É nosso dever examiná-las; por conseguinte examine-se cada um a si mesmo e as combata.”

6 comentários:

Anônimo disse...

Irmão Diêison e pessoal do Apologia e Espiritualidade,

A paz do SENHOR.

No contexto da igreja evangélica hodierna, onde se pensa que adorar consiste apenas em dançar e chorar, este texto vem em boa hora para frisar que nossa vida integralmente de ve ser de devoção e adoração a Deus.
O Blog ta uma benção.
Que Deus os abençoe,

Joabe.

Anônimo disse...

Se fizermos somente o que devemos, somos servos inuteis.Lc 17.10

Anônimo disse...

Ir. Paulo César

A força do verdadeiro cristão está na capacidade de se entregar de corpo e alma ao Nosso Senhor Jesus e deixa-lo fazer a obra.

Parabéns pela Postagem.

Paz do Senhor, Irmão Amado.

Aldair R. Rios disse...

Diêison, apontou uma realidade na igreja moderna. realmente o que temos visto é a hipocrisia sendo denominada de "adoração". Os atos externos como o levantar das mãos, e as emoções que são sentidas em nossos cultos, na maioria das vezes, tem como verdae uma triste realidade e a palavra de Deus deixa bem clara a situação...Um povo que adora com os lábios, mas tendo os seus corações bem longe de Deus.

Soli deo Glória

Unknown disse...

ir.Paulo César.

Obrigado varao!
Acredito que se todos nós tiver-mos essa identidade serevos bons cristãos, autenticos e seguindo Jesus com amor"...comeremos da sua carne e beberemos do seu sangue...".

Soli Deo Glória

Unknown disse...

Ir. Aldair

O nosso foco está somente em Cristo, se furgimos disso seremos servos inúteis. Louvo ao Senhor com todo o meu ser. Amém
Obrigado pelo o comentário

Soli Deo Glória