Durante uma noite fria da idade media, um monge
agostiniano lia e relia a carta de Paulo aos romanos. Sua busca era por um Deus
que ele pudesse amar, seu coração ardia em desejo de ver esse Deus e se relacionar
com Ele.
Esse monge, Martinho Lutero tinha somente as
Escrituras e nelas firmava sua confiança máxima. Muitos de hoje tem desprezado
a leitura das santas palavras de Deus em busca de experiências emocionais e psicológicas
que não trazem a verdadeira paz para nosso ser fragmentado pelo pecado. Deus
tem uma palavra para nós, mais é preciso deseja-la mais que tudo.
Vivemos
tempos semelhantes aos de Jeremias.
A
quem falarei e testemunharei, para que ouça? Eis que os seus ouvidos estão
incircuncisos, e não podem ouvir; eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa
vergonhosa, e não gostam dela.(Jr 6.10)
Quando prego a palavra de Deus na comunidade que
pastoreio, sinto que alguns que estão ali não querem ouvir a mensagem, pois
para eles é algo duro, inaceitável lhes pare algo absurdo. Para mim isso é algo
triste, pois a pregação da Palavra, nada mais é que a explicação da mesma. Explicação
que deve trazer alegria ao coração do homem e dar-lhe o sentido de sua vida. Contudo,
não é isso que acontece hoje, a vergonha pela palavra doutrinaria e a exposição
bíblica, refletem o estado do coração do homem que não entende e reconhece quem
é seu Criador, por isso a palavra para eles é desprezível. Junto aos incrédulos,
está hoje também o movimento gospel brasileiro que enaltece as emoções muito acima
da palavra, e quando faz uso das escrituras o faz com um sentido que não é o
sentido do autor, ou mesmo uma aplicação de relevância bíblica. É lamentável!
Uma
oração pela Escritura Somente!
Bendito és tu, ó SENHOR; ensina-me os teus estatutos.
Com os meus lábios declarei todos os juízos da tua boca. Folguei tanto no
caminho dos teus testemunhos, como em todas as riquezas. Meditarei nos teus
preceitos, e terei respeito aos teus caminhos. Recrear-me-ei nos teus estatutos;
não me esquecerei da tua palavra. Faze
bem ao teu servo, para que viva e observe a tua palavra. Abre tu os meus olhos,
para que veja as maravilhas da tua lei. Sou peregrino na terra; não escondas de
mim os teus mandamentos.
Que junto com salmista,
possamos viver e amar Tua Palavra. Amém.
2 comentários:
Ao ler essse precioso artigo ele me faz lembrar da declaração do Apóstolo Paulo à Timóteo que diz:
"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas." [2 Timóteo 4:3-4].
Muito boa reflexão, nobríssimo!
È meu amigo esses são os tempos paulinos de hoje!
Fica na Paz!
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