domingo, 17 de outubro de 2010

Uma crítica aos críticos

postado por Felipe F. Inácio

Dentro do cristianismo atual, tem surgido dois grupos que se apresentam neste contexto. O grupo dos que distorcem o Evangelho e o dos que tentam consertá-lo. No entanto, muitos dos que compõem este segundo grupo utilizam de uma crítica desprovida de um real fundamento, ou seja, muitos destes criticam por criticar sem que haja amor para com o próximo, sem que haja solução ao problema e sem notar alguns pontos positivos de uma determinada posição contrária a nossa. Parece meio contraditório o que se pretende escrever por meio deste artigo e dentro deste blog. Porém, tudo que há exageros, radicalismo cego e falta do “ser cristão” deve sempre ser combatido. E é por isso que agora resolvemos apontar a arma para nós mesmos.

A apologética sempre foi uma ferramenta muito útil no Cristianismo. A defesa do Evangelho foi e sempre será função de todo cristão que ama a Palavra de Deus. No entanto, além de amar o Verdadeiro Deus e sua Palavra devemos também amar o nosso próximo. Se o apologeta se preocupa somente em destruir, denegrir e envergonhar o oponente ele estará mais parecido com o nosso adversário do que com um proclamador do Evangelho. A tarefa primordial da apologética cristã é a defesa da Fé, mas esta defesa deve conter a resposta ao dilema do homem e o amor à vítima de engano. Mas será que é isto que alguns apologetas fazem? Será que não são apenas críticos sem a menor consideração pela vida do homem?

Estes cristãos que brincam de gangorra, na qual nunca se estabiliza em uma posição moderada, têm levantado uma bandeira que não se sabe se é do cristianismo ou se é de um bloco de carnaval. O pecado se mostra como um ator que assume diferentes personagens. E uma dessas máscaras é a falsa apologética que é cheia de orgulho, egoísmo, falta de amor ao próximo e de compromisso com a verdade. A falta de amor ao próximo se reflete em não tentar saber porque ele chegou a determinada posição. O que fez com que ele se desviasse do caminho verdadeiro. E a resposta sempre culminará em um pensamento pecaminoso e é a este que devemos atacar. Devemos nos revoltar por o coração humano sempre querer se aproximar do pecado e mesmo o homem sendo o agente ele também é vítima desse estado, para relembrar a metodologia de um dos maiores apologetas do século XX , Francis Schaeffer, devemos fazer com que o disperso da verdade leve as últimas conseqüências a sua forma de pensar e a partir daí mostrar o caminho da obediência à verdadeira Fé.

No afã da crítica muitos também, não percebem os seus próprios fundamentos. Por exemplo, alguém que critica a Teologia da prosperidade e diz que o crente deve ser pobre, não percebe que a Bíblia não condena as riquezas, mas sim o amor a estas. Muitos criticam os falsos pastores que usam de corrupção dentro da Igreja, e adotam uma postura anti-ofertas, sem se preocupar com as reais necessidades financeiras de um ministério genuíno. Outros criticam os exageros de grupos como Diante do Trono e outros similares, mas no momento de adoração, recusa-se a demonstrar qualquer emoção, sendo indiferente quanto a adoração ao Soberano Criador. Assim, essas pessoas de tanto criticar já não sabem mais onde depositar sua confiança, quais os seus fundamentos, apresentando-se muitas vezes criticando suas próprias crenças. Há momentos em que o “apologeta” cria uma aversão tão grande a um determinado oponente que tudo que este fala, parece ser cheio de engano. E mesmo que fale algo verdadeiro, o crítico desconfiará achando que dentro desta verdade se apresenta a mentira, não parando pra pensar no que o indivíduo quis dizer e só tomando conclusões precipitadas.

Devemos repensar acerca de nossa apologética, Quem somos? Quais os nossos objetivos? Que valor tem a vida daquele a quem consideramos o nosso oponente? Para isso devemos relembrar os fundamentos básicos de nossa crença, como o amor ao próximo, a busca da resposta ao dilema humano e o reconhecimento de que os efeitos noéticos do pecado afetaram gravemente a forma de pensar do homem. Em nossa mente, a apologética deve servir a um único propósito, que é o da evangelização, o do “fazei discípulos”, mesmo que estes se digam discípulos de Cristo, mas o negam em atitudes. Portanto, nossa metodologia deve ser o amor a Verdade e ao próximo, nosso objetivo, a Salvação da alma.

13 comentários:

Onesimo Mesquita disse...

Meu Deus!
Fazia tempo que nao me sentia cativado por um argumento, mais esse foi de arrebatar a alma!

Profundo meu nobre Amigo.

Onesimo MEsquita

claudiopimenta disse...

esses blogueiros sao monstros do raciocinio e argumento

Marcos Venicio disse...

É isso mesmo varão, não podemos se esquecer do amor ao próximo, tô com você.
Deus te abençõe.

Anônimo disse...

Felipe, tu é uma autarquia mah!!
É bem por aí msm... Eu msm passei por uma fase que era crítico de tudo... Depois, me converti hehe

Quanto aos grupos como o DT: Quem nunca errou que atire a primeira bolinha de papel rsrs

Uns erram pelo exagero, outros pela omissão... No final, todos erram.

Abraço.

Igor Melo

Felipe Inácio disse...

Onésimo
Isso é fruto de nossos diálogos meu caro! Tô aprendendo contigo!rsrsrs


Cláudio
Valeu reverendo! Grande Abraço!

Marcos
É isso mesmo Marcos, Se expressarmos o amor ao próximo, nossa apologética será muito mais relevante!

Igor Melo

Meu conterrâneo, companheiro de grandes debates políticos! Como você falou uns erram pelo exagero, outros pela omissão. Mas acredito que Deus a cada dia nos ilumina para entender seus caminhos e propósitos!Obrigado pela participação.
Um Grande Abraço!

THIAGO E. M. SANCHES disse...

Paz e Graça!
Ótimo comentário! O verdadeiro apologeta é aquele que defende sem agredir.É sincero sem omitir, é fiel a Cristo, em amor a sua palavra.
Deus te abençoe!
Sanches!

Anônimo disse...

Grande Felipe! monstro da argumentação apologética.
parabéns vaso
A paz do mestre!



ass: A Ronys.

Priscilla Mesquita disse...

Muito bom Felipe é isso mesmo, como um amigo meu diz: "que diferença faço se não faço diferença", Cristo é a diferença pois viu o erro e amou mesmo assim.

Priscilla Mesquita.

Felipe Inácio disse...

Muito Obrigado pelos comentários. É bom saber que existem pessoas que se preocupam com o Reino e que estão dispostos a defendê-los
Deus Abençõe a vida de vocês!

Pr.Wáldson Lima disse...

Amado irmão,paz e graça sobre tí sempre.
AChei excelente o texto.Acredito que precisamos de mais gente que pensa.
Esse é o caminho: evitar extremos.Concordo contigo.
Se me permite, irei publicar no meu Blog,claro usando de bom senso e respeito para com seus direitos.
Depois visite-me,pois vou seguir vc a partir de agora.
http://umaalmasedenta.blogspot.com/
Grato.
Deus continue usando vc.
Viva vençendo!!!
Seu irmão menor.

Apologia e Espiritualidade disse...

Fique a vontade amado!
Obrigado pelo elogio!
E pode deixar que irei visitar o seu blog!
abraços!

claudiopimenta disse...

felipe

como sou critico ja fui vitima dos criticos dos criticos

kkkkkkkk basta ver meu orkut e minhas fotos

www.exejegues.blogspot.com

Apologia e Espiritualidade disse...

Que é isso reverendo! Suas fotos do orkut e o seu blog são pérolas raras na apologética brasileira!

Mas sempre devemos analisar nossos pressupostos antes de criticar, pois corremos o risco de nos tornarmos um velho rabugento que reclama da vida. Graças a Deus, não é este seu caso!
Uma prova disso é sua grande decisão em ir àquele campo tão distante!
Deus seja contigo Varão!


Em Cristo,

Felipe F. Inácio