postado por Felipe F. Inácio Dentro do cristianismo atual, tem surgido dois grupos que se apresentam neste contexto. O grupo dos que distorcem o Evangelho e o dos que tentam consertá-lo. No entanto, muitos dos que compõem este segundo grupo utilizam de uma crítica desprovida de um real fundamento, ou seja, muitos destes criticam por criticar sem que haja amor para com o próximo, sem que haja solução ao problema e sem notar alguns pontos positivos de uma determinada posição contrária a nossa. Parece meio contraditório o que se pretende escrever por meio deste artigo e dentro deste blog. Porém, tudo que há exageros, radicalismo cego e falta do “ser cristão” deve sempre ser combatido. E é por isso que agora resolvemos apontar a arma para nós mesmos.
A apologética sempre foi uma ferramenta muito útil no Cristianismo. A defesa do Evangelho foi e sempre será função de todo cristão que ama a Palavra de Deus. No entanto, além de amar o Verdadeiro Deus e sua Palavra devemos também amar o nosso próximo. Se o apologeta se preocupa somente em destruir, denegrir e envergonhar o oponente ele estará mais parecido com o nosso adversário do que com um proclamador do Evangelho. A tarefa primordial da apologética cristã é a defesa da Fé, mas esta defesa deve conter a resposta ao dilema do homem e o amor à vítima de engano. Mas será que é isto que alguns apologetas fazem? Será que não são apenas críticos sem a menor consideração pela vida do homem?
Estes cristãos que brincam de gangorra, na qual nunca se estabiliza em uma posição moderada, têm levantado uma bandeira que não se sabe se é do cristianismo ou se é de um bloco de carnaval. O pecado se mostra como um ator que assume diferentes personagens. E uma dessas máscaras é a falsa apologética que é cheia de orgulho, egoísmo, falta de amor ao próximo e de compromisso com a verdade. A falta de amor ao próximo se reflete em não tentar saber porque ele chegou a determinada posição. O que fez com que ele se desviasse do caminho verdadeiro. E a resposta sempre culminará em um pensamento pecaminoso e é a este que devemos atacar. Devemos nos revoltar por o coração humano sempre querer se aproximar do pecado e mesmo o homem sendo o agente ele também é vítima desse estado, para relembrar a metodologia de um dos maiores apologetas do século XX , Francis Schaeffer, devemos fazer com que o disperso da verdade leve as últimas conseqüências a sua forma de pensar e a partir daí mostrar o caminho da obediência à verdadeira Fé.
No afã da crítica muitos também, não percebem os seus próprios fundamentos. Por exemplo, alguém que critica a Teologia da prosperidade e diz que o crente deve ser pobre, não percebe que a Bíblia não condena as riquezas, mas sim o amor a estas. Muitos criticam os falsos pastores que usam de corrupção dentro da Igreja, e adotam uma postura anti-ofertas, sem se preocupar com as reais necessidades financeiras de um ministério genuíno. Outros criticam os exageros de grupos como Diante do Trono e outros similares, mas no momento de adoração, recusa-se a demonstrar qualquer emoção, sendo indiferente quanto a adoração ao Soberano Criador. Assim, essas pessoas de tanto criticar já não sabem mais onde depositar sua confiança, quais os seus fundamentos, apresentando-se muitas vezes criticando suas próprias crenças. Há momentos em que o “apologeta” cria uma aversão tão grande a um determinado oponente que tudo que este fala, parece ser cheio de engano. E mesmo que fale algo verdadeiro, o crítico desconfiará achando que dentro desta verdade se apresenta a mentira, não parando pra pensar no que o indivíduo quis dizer e só tomando conclusões precipitadas.
Devemos repensar acerca de nossa apologética, Quem somos? Quais os nossos objetivos? Que valor tem a vida daquele a quem consideramos o nosso oponente? Para isso devemos relembrar os fundamentos básicos de nossa crença, como o amor ao próximo, a busca da resposta ao dilema humano e o reconhecimento de que os efeitos noéticos do pecado afetaram gravemente a forma de pensar do homem. Em nossa mente, a apologética deve servir a um único propósito, que é o da evangelização, o do “fazei discípulos”, mesmo que estes se digam discípulos de Cristo, mas o negam em atitudes. Portanto, nossa metodologia deve ser o amor a Verdade e ao próximo, nosso objetivo, a Salvação da alma.