quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Grito do Mercado e a Resposta da Igreja II.

Postado por Onésimo Mesquita.

Dando continuidade ao post passado, quero fazer uma reflexão de como a igreja contemporânea tem respondido aos desafios de nosso tempo. Em alguns pontos de maneira muito errônea, negociando a verdade, por aceitação no mercado religioso. E dessa forma, para serem aceitas no mercado, algumas igrejas tem que comercializar objetos da religião, fazendo tudo para agradar o freguês. Mais por outro lado o autentico evangelho de Cristo jamais poderá ser vendido.

A Pregação como venda de objetos religiosos.

O cenário está ajeitado, a filosofia do momento é o sincretismo, o ensino é a cartilha da prosperidade. Com esse pano de fundo não poderia se esperar outro tipo de pregação. É anunciado que se todos passarem a congregar em determinada igreja, que não é como as outras que só falam de sofrimento, com tal conversa de “pecado original”, eles terão a “benção de Deus” que significa ser prospero em todas as áreas da vida; prosperidade tal que não passaremos por sofrimentos e dores aqui, pois tudo já nos é dado na morte de Cristo. A essência da mensagem é um tipo de escatologia realizada com ênfase na prosperidade financeira.
Para se obter essa prosperidade o devoto tem que fazer uso de “amuletos religiosos” que se usadas corretamente aumentaram a fé do devoto, que fará com que as bênçãos o alcancem. Esses objetos podem ser sempre dos mais diversos, como sal, rosa, copo com água, e ate mesmo redesenhar a arca da aliança, tudo isso com uma pregação altamente persuasiva, uma hermenêutica sempre dos mesmos versos e esses versos por sua vez sempre fora de seus contextos, abrindo mão de anunciar a verdade. Só resta esse tipo de pregação e ação para algumas igrejas que não conseguiram renunciar seus status e com isso perderam sua autoridade espiritual e já não conseguem serem testemunhas fieis do evangelho.

A Palavra da Cruz: Como resposta da Igreja.

Terminei o post de introdução sobre esse assunto, dizendo que a resposta da igreja é marcada pelas evidências da Encarnação, pois o mundo continua dizendo como Tomé “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.” Essa é de fato a incredulidade de um mundo que não conhece o Cristo crucificado.
Sabendo disso, temos que pregar e responder a este mundo com fidelidade ao Senhor, e creio que nosso desafio é o mesmo que Paulo enfrentou em Corinto no século I. Ele enfrentou uma situação onde as pessoas perguntavam por sinais e sabedoria, ele diz:

Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; ¹

Essa situação é idêntica há de nossos dias, o desejo desenfreado pelo milagre e a busca por sabedoria é reflexo do coração do Homem, de seu vazio espiritual. E com isso a resposta do Mercado religioso é uma tentativa de agradar a gregos e judeus, que acaba tornado a mensagem do evangelho em sincretismo místico.
A resposta da igreja de Cristo deve ser a mesma do Apóstolo, que não se envergonhou do evangelho, mais declarou:



Mas nós pregamos a Cristo crucificado,
que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
²

e em outro lugar ele diz mais:


Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.³

Essa é a ousadia de quem tem convicção do seu chamado e responsabilidade diante de Deus.

Essa é nossa pregação, que é embasada no texto bíblico e confiante na ação poderosa do Espírito de Deus. Uma pregação que apresenta às marcas do corpo do Senhor, em resposta a incredulidade do mundo que age ainda como Tomé. Pregando dessa forma as evidencias da Encarnação de Cristo será notória por um viver que é coerente com sua proclamação. Que o Senhor nos use em sua misericórdia para darmos as razões de nossa Esperança. Solus Cristus!
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¹ I Co 1.22
²I Co 1.23
³ Rm 1.16

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Crônicas de um Fórum Missionário.

Postado por Onésimo Mesquita


Deus tem sempre seus modos de guiar seu povo para realizar nele sua vontade, e nesses últimos dias Ele preparou para seu povo Missionário quatro dias de reflexão, espiritualidade e comunhão. Isso aconteceu no IV Fórum de Missões realizado pela EMAD (Escola de Missões das Assembléias de Deus) no campus da EETAD.
O tempo em que ali estivemos, foi muito bom para criar novos relacionamentos e refletir sobre a obra missionária. Todo o dia pela manhã tinha um tempo de devocional, logo depois as plenárias que eram ministradas pelos pastores presidentes de campo, preparadas com amor e paixão pela obra do Senhor, os temas versaram sobre os mais diversos assuntos, O Perfil Missionário, Igrejas Autóctones, O chamado Missionário etc.

A Espiritualidade no Fórum.


Naquele ambiente de reflexão, ao lado de muitas pessoas de diferentes lugares cada um com seus costumes e culturas diferentes, foi possível gozar naquele tempo de uma espiritualidade genuína que se refletiu em ações praticas de respeito e amor pelo próximo tudo isso baseados na ação graciosa do espírito de Deus que esteve ali presente, dirigindo nossas ações e controlando nossas emoções para que todo o fórum fosse um tempo de estar na presença de Deus.

A Reflexão Missionária.
As palestras ali ministradas foram de muito impacto para os corações que já estavam preparados pelo toque divino, com isso a reflexão foi sincera, visava de verdade a realização simples da obra do Senhor com entendimento, e ação pratica. Como é bom refletir e pensar!
Refletir é maravilhoso, Ira. Dóris falou sobre a prontidão em sevir todo dia ao Senhor e estar preparado para ouvir sua Voz. Isso evoca algo de muita importancia, pois nossa reflexão sobre Deus deve nos levar a sermos mais fiés e abundantes na obra do Senhor. Não podemos viver de outra maneira,
foi para isso que ele nos chamou, e estamos sempre perante sua Face. Assim vivemos sempre, coram Deo!


Em amor: Comunhão no Fórum.
Conhecer pessoas de varias localidades é sempre um bom motivo para colocarmos em pratica o amor ao próximo. O Outro que tem seus costumes e maneiras, não dever ser tratado com indiferença, mais como parte essencial do Corpo de Cristo, pois ele, assim como nós, não é uma prótese sem vida, mais um membro ativo no Corpo do Senhor, ligados e unidos pelo vinculo da paz, naquele dias desfrutamos de grandes momentos de comunhão em Cristo.